Meu amigo!
Guarda a luz divina nos olhos do entendimento, porque no lar, na sociedade ou no mundo, somos sempre a grande a grande família humana, cujos membros − sempre nós mesmos ─ se integram indissoluvelmente entre si.
Quando a reprovação ou a crítica te assomarem ao pensamento inquieto, recorda que somente vemos nos outros as imagens que conservamos dentro de nós e cada homem julga o próximo pelas medidas que estabeleceu para si mesmo.
Encontrarás o mau, quando a maldade, ocultar-se em teu coração, à maneira de serpe invisível.
Ouvirás a irreverência, quando os teus ouvidos permanecerem tocados pela sombra espessa da desconfiança.
Identificaremos o procedimento censurável, quando ainda alimentamos em nós os motivos de tentação degradante induzindo-nos às mesmas quedas que observamos naqueles que se tornaram passíveis de nossa crítica.
Quando nos irritamos, vemos a nossa própria má vontade naqueles que nos cercam.
Quando desanimados, encontraremos razões para o desalento nas mais belas notas de alegria em nosso ambiente.
“Amai-vos uns aos outros” – aconselhou o divino Mestre.
Amando fraternalmente, seremos, em verdade, irmãos do ignorante e do infeliz, do aleijado e do enfermo, de modo a ser lhes efetivamente úteis.
Jesus, no Evangelho, não pede censores; aguarda companheiros de boa vontade que, olvidando todo o mal e surpreendendo o bem celeste em todos os escaninhos da Terra, o homem se faça realmente melhor.”
(Chico Xavier pelo espírito Emmanuel, Reformador, maio 1953, p.110)¹
¹Texto publicado em Escrínio de luz.Ed. O Clarim. Cap”Sejamos irmãos”